Um dos principais líderes de uma organização criminosa foi detido na Bolívia após cinco anos foragido. A prisão ocorreu na cidade de Santa Cruz de la Sierra, onde ele utilizava documentos falsos. Autoridades bolivianas o identificaram durante uma tentativa de renovação de identidade, acionando a Interpol, que já o listava como procurado desde 2020. A transferência para o Brasil foi coordenada entre os governos dos dois países, com apoio de agentes federais e escolta armada. Ele foi levado para a Penitenciária Federal em Brasília, mesma unidade que abriga outros membros de alto escalão do grupo.
No Brasil, o detido acumula duas ordens de prisão e uma condenação anterior de 12 anos por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Investigadores apontam que ele assumiu a liderança da facção após a remoção de seu antecessor para o sistema prisional federal. Operações anteriores já haviam identificado sua conexão com uma rede internacional, incluindo suspeitos em países como Paraguai e Moçambique. A captura foi resultado de uma ação conjunta entre as polícias dos dois países, marcando um avanço no combate ao crime organizado.
A operação que levou à sua prisão faz parte de um esforço contínuo para desarticular a estrutura financeira e logística da organização. Em 2020, uma força-tarefa apreendeu armas, explosivos e valores significativos em dinheiro, além de desvendar esquemas de lavagem de dinheiro. Estima-se que o grupo movimentava cerca de R$ 100 milhões anualmente, com recursos originados principalmente do tráfico de drogas. A prisão representa um golpe significativo na hierarquia da facção, embora autoridades alertem que a investigação ainda está em andamento.