Warren Buffett, um dos investidores mais icônicos da história, transformou a Berkshire Hathaway de uma falida fabricante têxtil em um conglomerado avaliado em US$ 1,1 trilhão, aplicando a filosofia de “comprar negócios maravilhosos a preços justos”. Sua abordagem, baseada no investimento em valor e na paciência para colher retornos compostos, inspirou gerações de financistas e consolidou-se como um modelo de sucesso. Buffett também se destacou por sua habilidade em identificar oportunidades em momentos de crise, como em 2008, quando injetou capital em empresas como Goldman Sachs e GE, reforçando sua reputação como um dos pilares do capitalismo americano.
Além de seu talento para os negócios, Buffett cultivou uma imagem acessível, evitando ostentações e conectando-se com o público por meio de preferências simples, como Cherry Coke e doces da See’s Candy. Sua influência transcendeu o mercado financeiro, atingindo a cultura pop e a política, onde seus conselhos foram buscados por líderes de ambos os partidos. Apesar de admitir erros, como não investir cedo em gigantes da tecnologia, seu legado é marcado por um retorno médio anual de 19,9% na Berkshire, superando em larga escala o índice S&P 500.
Com o anúncio de sua aposentadoria como CEO da Berkshire, surge a questão sobre o futuro da empresa sem sua liderança. Gregory Abel, seu sucessor, herdará uma estrutura sólida, mas investidores ponderam se a Berkshire manterá seu status mítico. A empresa, que evitou recentemente negócios transformadores, pode enfrentar desafios para replicar o mesmo brilho sob nova gestão. Mesmo assim, o legado de Buffett como um defensor do investimento disciplinado e ético permanecerá como referência no mundo financeiro.