Warren Buffett, um dos maiores investidores da história, transformou a Berkshire Hathaway de uma falida fabricante têxtil em um conglomerado de US$ 1,1 trilhão, aplicando a filosofia de “comprar negócios maravilhosos a preços justos”. Sua abordagem, baseada no investimento de valor, não apenas gerou retornos extraordinários — como um ganho de 5.502.284% desde 1964 — mas também influenciou gerações de financistas, incluindo gestores de fundos bilionários. Buffett destacou a importância do longo prazo, da disciplina e da humildade, atribuindo parte de seu sucesso à sorte de ter nascido em um momento propício nos EUA.
Além de construir um império diversificado, com participações em empresas como American Express, Coca-Cola e Apple, Buffett usou o “float” de seguradoras como a Geico para financiar aquisições estratégicas. Sua reputação como um capitalista afável e sua habilidade em agir em crises — como em 2008, quando resgatou a Goldman Sachs e a GE — solidificaram seu status como ícone. Apesar de erros, como evitar investimentos iniciais em gigantes da tecnologia, seu legado permanece incomparável, com a Berkshire superando consistentemente o S&P 500.
Com o anúncio de sua aposentadoria como CEO, surge a dúvida sobre se a Berkshire manterá seu brilho sem sua liderança. Seu sucessor, Gregory Abel, herdará uma empresa sólida, mas alguns investidores temem que a ausência de Buffett diminua seu apelo único. Sua história, marcada por simplicidade e sagacidade, continuará a inspirar, enquanto o mundo financeiro reflete sobre o fim de uma era e o futuro de um legado que redefiniu o investimento moderno.