Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) revelou a extensão da violência sofrida por uma mulher morta em uma clínica médica em Santos, no litoral de São Paulo. O documento, obtido pela imprensa, mostra que a vítima foi atingida por 51 facadas e três tiros, com golpes concentrados no rosto, tronco e coxa. Os disparos atingiram regiões vitais, como peito e costas, levando à morte por hemorragia interna. O crime ocorreu no dia 7 de maio, e o agressor, um policial militar, foi preso em flagrante.
A investigação aponta que a vítima estava na clínica acompanhada da filha de 10 anos, que também foi baleada, mas sobreviveu após ficar internada por seis dias. Testemunhas relataram que a mulher havia expressado medo do companheiro minutos antes do ataque. O suspeito, que estava em serviço no momento do crime, foi afastado da corporação e aguarda julgamento em presídio militar.
Autoridades destacam que o caso está sendo tratado como feminicídio, com reconstituição do crime prevista para os próximos dias. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que o inquérito policial militar busca apurar possíveis falhas no atendimento da ocorrência. A defesa do acusado informou que só se manifestará após a conclusão das investigações.