As flutuações nos preços internacionais do petróleo no primeiro trimestre não levaram as principais petrolíferas da América Latina a alterar seus planos de investimento, segundo análise do Goldman Sachs. Empresas como Petrobras, YPF e Ecopetrol mantiveram seus orçamentos, destacando flexibilidade para ajustes futuros se necessário. A Petrobras, por exemplo, reiterou seu plano de US$ 18,5 bilhões em investimentos, com um breakeven médio de US$ 28 por barril, enquanto a YPF manteve sua previsão de US$ 5 bilhões, apoiada pela agilidade operacional em Vaca Muerta.
A exceção foi Brava Energia, que adiou 15% de seus investimentos previstos para este ano, impactando sua produção estimada para 2026. A Vista também revisou suas projeções após adquirir ativos da Petronas Argentina, priorizando estabilidade financeira. O Goldman Sachs ajustou preços-alvo e estimativas para várias empresas, elevando, por exemplo, o valor da Vista para US$ 62, com base em um múltiplo revisado de Ev/Ebitda.
O banco mantém recomendações neutras para Ecopetrol, YPF e PetroRecôncavo, enquanto sugere venda para Brava Energia e compra para Vista. Entre os riscos citados estão volatilidade nos preços do petróleo, desempenho da produção, custos de extração e possíveis mudanças fiscais ou políticas. A análise reforça que, embora haja incertezas, a maioria das empresas segue confiante em suas estratégias, adaptando-se às condições do mercado sem cortes imediatos nos investimentos.