O labrador Teddy, cão de serviço que auxilia uma criança com transtorno do espectro autista (TEA), desembarcou em Lisboa na madrugada deste sábado (31), após semanas de disputa com a companhia aérea TAP. O animal havia tido seu embarque negado duas vezes anteriormente, sob alegação de falta de documentação adequada e preocupações com a segurança a bordo. Desta vez, Teddy viajou acompanhado pela irmã da tutora e por seu treinador, em um voo que partiu do Rio de Janeiro na sexta-feira (30).
A situação começou em abril, quando a família foi impedida de levar o cão para Portugal devido à ausência de comprovação de que ele era um animal de serviço. Uma decisão judicial posterior determinou que a TAP transportasse Teddy na cabine, sem custos para a família, mas a companhia aérea recusou, alegando violação de seu manual de operações. A empresa sugeriu o transporte no bagageiro, opção rejeitada pela família, que argumentou riscos ao bem-estar do animal e da criança que depende dele.
A solução só foi alcançada com a presença do treinador, que garantiu maior controle sobre o animal durante o voo. A TAP afirmou que sempre buscou alternativas dentro de seus protocolos de segurança, mas reconheceu a importância de encontrar um acordo. O caso destacou os desafios enfrentados por famílias que dependem de animais de assistência em viagens internacionais, levantando discussões sobre a necessidade de regulamentações mais claras.