O Laboratório Federal de Diagnóstico Agropecuário (LFDA), em Campinas (SP), é o centro de referência na América Latina para identificação de doenças animais, como a gripe aviária. Com o mais alto nível de biossegurança do país (NB3+), o local possui portas com travamento automático, acesso por senha e restrições rigorosas, incluindo a proibição de celulares, óculos e alimentos. Equipes utilizam equipamentos de proteção individual (EPIs) para manipular amostras, seguindo protocolos internacionais da Organização Mundial de Saúde Animal.
O laboratório está investigando a origem do surto em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, além de analisar uma suspeita em Tocantins. Amostras chegam em caixas de isopor para manter a temperatura controlada, e os procedimentos incluem desinfecção com formol, substância que impede a entrada de equipamentos externos. Outro foco está sendo monitorado em aves aquáticas de um zoológico em Sapucaia do Sul, a 53 km do local do primeiro caso.
O ministro da Agricultura afirmou que não há risco para a população e que o consumo de frango e ovos é seguro. Enquanto isso, vários países suspenderam as importações de frango brasileiro, mas o governo espera normalizar a situação em menos de um mês. O LFDA deve ser superado em biossegurança pelo futuro laboratório NB4, em construção no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), também em Campinas.