O Laboratório Federal de Diagnóstico Agropecuário (LFDA), em Campinas, está na linha de frente do combate à gripe aviária no Brasil, utilizando protocolos de biossegurança de nível 3+, os mais altos do país. O laboratório, referência na América Latina, empregou métodos semelhantes aos usados na detecção da Covid-19, como o swab, para coletar amostras de aves contaminadas no Rio Grande do Sul. Os materiais, processados em 24 horas, passam por trituração, centrifugação e inativação viral antes da análise genética, seguindo padrões internacionais da Organização Mundial de Saúde Animal.
A operação inclui medidas rigorosas, como controle de acesso por senha, uso de EPIs e desinfecção com formol, além de restrições a celulares e alimentos nas áreas de risco. O LFDA também investiga a possível origem do surto, incluindo a morte de aves aquáticas em Sapucaia do Sul e casos suspeitos em Tocantins. Enquanto isso, o ministro da Agricultura afirmou que a população não corre riscos e que o consumo de carne de frango e ovos permanece seguro.
Apesar das suspensões de importação por outros países, as autoridades esperam conter o foco em Montenegro em 28 dias e restabelecer o status do Brasil como livre da gripe aviária. O laboratório, que já identificou o vírus em aves silvestres em 2023, será superado em biossegurança apenas pelo futuro centro NB4 em construção no CNPEM, também em Campinas.