A Justiça de São Paulo determinou a paralisação das obras que instalariam uma churrascaria no Parque da Água Branca, na zona oeste da capital. A decisão, em caráter provisório, foi tomada após uma ação popular questionar a legalidade do projeto. O parque, inaugurado em 1929 e tombado por órgãos de preservação desde 1996, é administrado por uma concessionária privada desde 2022, mas qualquer intervenção em suas estruturas exige autorização prévia.
As obras no antigo estábulo da Polícia Militar, onde a churrascaria seria construída, não tinham a aprovação necessária do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp). Uma denúncia feita em abril alertou para a irregularidade, e em maio a agência reguladora estadual já havia ordenado a suspensão dos trabalhos. O juiz destacou que as construções estavam em estágio avançado, sem a devida fiscalização, o que poderia causar danos irreparáveis ao patrimônio tombado.
A liminar concedida determina a imediata interrupção das atividades, sob risco de multa, mas não especifica o valor. A reportagem tentou contato com a concessionária e a rede de churrascarias responsável pelo projeto, mas não obteve resposta. O caso reforça a tensão entre a gestão privada de espaços públicos e a preservação do patrimônio histórico.