A Justiça de São Paulo decidiu suspender provisionalmente as obras para a instalação de um restaurante temporário no Parque da Água Branca, na zona oeste da capital. A decisão liminar foi tomada após denúncias de que a intervenção no local, que abriga patrimônios tombados, teria causado alterações no piso, jardins e substituição de peças originais. O juiz destacou a necessidade de evitar danos irreparáveis ao patrimônio público, ressaltando que a suspensão se deve à falta de documentação comprovando as autorizações necessárias.
A ação judicial foi movida após questionamentos sobre a regularidade das autorizações junto aos órgãos de preservação histórica, como o Conpresp (municipal) e o Condephaat (estadual). O governo estadual afirmou que acompanha o caso e tomará medidas cabíveis se forem identificados descumprimentos. Já a empresa responsável pelo restaurante alegou que o projeto é temporário, reversível e segue todos os trâmites legais, tendo obtido parecer favorável do órgão municipal em fevereiro.
Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Cultura informou que a autorização para o funcionamento temporário do estabelecimento ainda está em análise pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) e será submetida ao Conpresp para deliberação final. O caso reflete a tensão entre a preservação de áreas históricas e a implementação de iniciativas privadas em espaços públicos.