A Justiça de São Paulo suspendeu o pregão eletrônico para a compra de 15 mil coletes balísticos pela Polícia Militar do estado, atendendo a um pedido de uma das empresas participantes. O juiz considerou que os requisitos do edital restringiam fornecedores nacionais, pois exigiam uma certificação não mais emitida no Brasil, disponível apenas em laboratórios dos EUA. A PM afirmou que analisará as medidas judiciais e destacou que a substituição dos equipamentos está programada para o segundo semestre de 2026, sem risco de desabastecimento.
O atraso na entrega de coletes adquiridos no início do ano levou ao revezamento dos equipamentos entre os policiais. Dos 17 mil coletes previstos, apenas 3.000 foram entregues, obrigando os agentes a compartilharem os disponíveis. A PM atribuiu o problema a reprovações sucessivas do material oferecido pelas empresas vencedoras da licitação, o que demandou retestes e prolongou o processo.
Especialistas criticaram a gestão do prazo, já que a validade dos coletes é conhecida antecipadamente. O ouvidor das Polícias de SP destacou a falta de planejamento para realizar a licitação em tempo hábil, classificando a situação como inaceitável para o estado mais rico do país. A PM, por sua vez, afirmou que os casos de revezamento são pontuais e que o cronograma de reposição segue um planejamento quinquenal.