A Justiça Eleitoral decidiu cassar os mandatos do prefeito e do vice-prefeito de Exu, no Sertão de Pernambuco, devido a abuso de poder político durante as eleições municipais de 2024. A sentença também declarou um ex-prefeito inelegível por oito anos por uso indevido de redes sociais para promover uma obra pública na véspera do pleito. O juiz considerou que a divulgação da obra afetou a legitimidade das eleições, beneficiando indiretamente os candidatos eleitos.
A ação foi movida por uma coligação derrotada nas eleições, que alegou irregularidades na campanha. Embora o juiz tenha reconhecido o abuso de poder político na divulgação da obra, outras acusações, como prorrogação estratégica de contratos e operações de crédito, foram consideradas sem provas suficientes. A decisão não afasta imediatamente os políticos dos cargos, permitindo que continuem no exercício até o trânsito em julgado ou decisão de instância superior.
Caso o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco confirme a sentença, o município poderá realizar novas eleições. A decisão reforça a importância do cumprimento das normas eleitorais para garantir a lisura do processo democrático, sem prejulgar as partes envolvidas. O caso segue sob análise, com possibilidade de recurso.