A Justiça de Goiás determinou o afastamento temporário do prefeito de Pontalina por 90 dias, após o Ministério Público denunciar indícios de improbidade administrativa. Segundo a ação civil, o gestor teria utilizado bens e mão de obra públicos para produzir mourões de concreto em uma fábrica municipal, destinados a sua propriedade rural. A defesa nega as acusações e anunciou recurso contra a decisão, alegando que os materiais foram adquiridos por um produtor rural e que as mudas de pitaya seriam doadas à Secretaria de Agricultura.
A decisão judicial foi baseada em denúncias de vereadores, que apontaram a produção de 1,5 mil mourões, avaliados em aproximadamente R$ 150 mil, para uso particular. A magistrada destacou que não é a primeira vez que o prefeito é acusado de buscar vantagens indevidas durante seu mandato, iniciado em janeiro deste ano. Além do afastamento, a Justiça determinou a busca e apreensão dos materiais na fazenda e na fábrica municipal.
Enquanto isso, a administração da cidade ficará sob responsabilidade da vice-prefeita. A Câmara Municipal rejeitou um pedido de cassação do mandato, proposto pela oposição, por sete votos a três. O caso continua em tramitação, e a defesa insiste na inocência do prefeito, afirmando que a produção de mourões faz parte de um serviço prestado há décadas a produtores rurais e à população.