As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) encerraram a sexta-feira em alta, acompanhando o movimento dos Treasuries nos EUA, impulsionadas por dados robustos do mercado de trabalho norte-americano. O relatório de empregos de abril mostrou a criação de 177 mil vagas, acima das expectativas, reforçando a percepção de que a economia dos EUA permanece resiliente. No Brasil, os investidores precificaram um aumento de 50 pontos-base na Selic na próxima reunião do Copom, com taxa atual em 14,25% ao ano, refletindo o cenário externo e a menor liquidez devido ao feriado prolongado.
O mercado seguiu atento aos movimentos das taxas de juros, com contratos de curto prazo, como o DI para janeiro de 2026, fechando em 14,71%, enquanto os de longo prazo, como o de 2031, atingiram 13,84%. A análise dos economistas sugere que o Banco Central deve manter um tom cauteloso, sem declarar o fim do ciclo de alta, deixando espaço para ajustes futuros. As opções do Copom na B3 indicavam maior probabilidade de aumento de 50 pontos-base na próxima semana, com expectativas de desaceleração nos meses seguintes.
No exterior, os rendimentos dos Treasuries subiram, com o título de dez anos atingindo 4,31%, refletindo a expectativa de que o Federal Reserve mantenha juros elevados diante da economia aquecida. No Brasil, a queda do dólar frente ao real moderou parte do movimento de alta, mas o mercado manteve o foco na decisão do Copom. Economistas projetam que o ciclo de alta da Selic pode estar próximo do fim, com possível encerramento em 14,75%, diante dos riscos de desaceleração global e impactos nas commodities.