O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) deu início nesta quinta-feira (22) ao júri popular do policial militar acusado de matar o campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo, em agosto de 2022. O crime ocorreu durante um show em um clube na Zona Sul de São Paulo, quando o atleta foi atingido por um tiro na cabeça após uma discussão. O réu permanece preso preventivamente há mais de dois anos e oito meses, aguardando o desfecho do processo, que deve se estender até sexta-feira (23).
O caso gerou repercussão devido à trajetória da vítima, um dos maiores nomes do esporte, com oito títulos mundiais. Testemunhas relataram que o acusado provocou a vítima antes do disparo. A defesa do policial alega inocência e espera que a absolvição no júri permita sua permanência na corporação. Enquanto isso, a Justiça Militar avalia a possibilidade de expulsão do agente, com base em um inquérito interno que apontou infração disciplinar grave.
Apesar da prisão preventiva, o acusado continua recebendo salário integral, graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que invocou a presunção de inocência. O ministro André Mendonça determinou a manutenção dos vencimentos, argumentando que o corte só seria válido após condenação definitiva. O caso segue sob intenso acompanhamento, com expectativa sobre o veredito do júri e seus desdobramentos jurídicos e institucionais.