O julgamento relacionado à morte do ícone do futebol Diego Maradona foi anulado nesta quinta-feira na Argentina, após uma série de questionamentos sobre a imparcialidade do processo. A suspensão ocorreu depois que um dos magistrados envolvidos foi investigado por suposta participação em um documentário sobre o caso, levando a pedidos de recusa contra a juíza responsável. O Ministério Público também está apurando se houve violação das regras que proíbem filmagens durante as audiências, o que poderia comprometer a integridade do processo.
O caso, que começou em março em San Isidro, envolve sete profissionais de saúde acusados de homicídio doloso pela morte de Maradona, ocorrida em novembro de 2020. A defesa dos réus apresentou recursos alegando parcialidade e conivência da juíza com documentaristas, o que levou a um adiamento de uma semana para que um painel de três juízes avalie as contestações. Enquanto isso, as partes envolvidas expressaram preocupação com a possibilidade de o processo ter que ser reiniciado do zero, caso a juíza seja removida do caso.
Até o momento, mais de 40 testemunhas já depuseram, incluindo uma das acusadas, descrevendo as condições precárias do tratamento médico recebido por Maradona em sua casa. O cenário foi caracterizado como inadequado, com relatos de falta de equipamentos e ambiente desorganizado. O julgamento, que pode resultar em penas de 8 a 25 anos de prisão para os réus, aguarda agora a decisão sobre a continuidade do processo e a possível substituição da magistrada.