Dois irmãos, condenados à prisão perpétua em 1996 pelo assassinato dos pais, tiveram suas penas reduzidas para 50 anos por um juiz da Califórnia. A decisão os torna elegíveis para liberdade condicional, com base em uma lei estadual que beneficia jovens infratores, já que o crime foi cometido quando ambos tinham menos de 26 anos. A junta de liberdade condicional ainda precisa aprovar a possível soltura, e promotores argumentam que os irmãos ainda representam um risco à sociedade.
Durante o julgamento, os irmãos alegaram legítima defesa, citando anos de abuso sexual pelo pai e negligência emocional pela mãe. O caso, que ganhou nova atenção em 2024 devido a um documentário, divide opiniões: enquanto defensores destacam sua reabilitação na prisão, a promotoria afirma que eles não assumiram plena responsabilidade pelo crime. O juiz ressaltou que a decisão não significa libertação imediata, mas reconheceu o tempo já cumprido.
A revisão da sentença reacendeu o debate sobre justiça e reabilitação, com advogados argumentando que a mudança na pena é um incentivo à reintegração. O caso continua em análise, com familiares e autoridades judiciais divididos sobre o destino dos irmãos. A decisão final caberá à junta de liberdade condicional, que avaliará se eles representam algum perigo antes de autorizar ou negar a soltura.