Um juiz federal nos Estados Unidos sinalizou que pode adotar medidas menos drásticas contra o Google em um caso antitruste relacionado ao monopólio em buscas online. Durante os argumentos finais, o magistrado questionou a necessidade de impor restrições de dez anos, como proposto pelo Departamento de Justiça, sugerindo que mudanças no setor de inteligência artificial (IA) podem alterar o cenário competitivo rapidamente. Ele também ponderou se limitar o compartilhamento de dados e encerrar acordos bilionários com empresas como a Apple seria suficiente para restaurar a concorrência.
As autoridades antitruste argumentam que o domínio do Google em buscas online lhe dá vantagem injusta em produtos de IA, como o Gemini. Enquanto isso, empresas como a OpenAI afirmam que acessar os dados de busca do Google aceleraria o desenvolvimento de alternativas, como o ChatGPT. No entanto, o juiz questionou se plataformas de IA deveriam ser consideradas concorrentes diretas no mercado de mecanismos de busca, destacando a complexidade de definir os limites do setor em meio a avanços tecnológicos.
O caso, que já impactou o valor das ações do Google, deve ter uma decisão até agosto. Enquanto isso, a empresa defende que já tomou medidas para promover a concorrência, como encerrar acordos exclusivos com fabricantes de smartphones. O desfecho pode influenciar não apenas o futuro das buscas online, mas também o equilíbrio de poder no emergente mercado de IA.