A judoca Edinanci Silva foi homenageada com a entrada no Hall da Fama do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), em uma cerimônia emocionante no Copacabana Palace. Aos 48 anos, a atleta, que enfrentou preconceito por ser uma pessoa intersexo durante sua carreira, viu sua trajetória ser reconhecida ao lado de nomes como Daiane dos Santos e Gustavo Kuerten. Edinanci, que conquistou medalhas em Mundiais e participou de quatro Olimpíadas, destacou que nunca buscou fama, mas sim resultados e recursos financeiros para seguir competindo.
Durante o evento, a judoca compartilhou sua emoção ao ver suas mãos eternizadas em moldes, comparando o momento à descoberta de um fóssil em sua cidade natal, Sousa. Ela também relembrou as dificuldades enfrentadas, desde piadas sobre sua aparência até testes de gênero para competir. Duas décadas depois, foi ovacionada de pé pelo público, simbolizando a superação de uma carreira marcada por resistência e dedicação ao esporte.
A cerimônia ainda homenageou Afrânio Costa, primeiro medalhista olímpico do Brasil, e contou com a presença de atletas como Bia Souza, campeã olímpica em 2024, e Emanuel Rego, diretor do COB. Edinanci agradeceu às instituições e técnicos que acreditaram em seu potencial, encerrando com um discurso emocionado sobre a importância de sua jornada para o judô brasileiro.
