O JP Morgan Chase anunciou que seus ganhos com juros podem aumentar este ano, impulsionados pela resiliência da economia americana, apesar das incertezas geopolíticas e fiscais. Durante apresentação a investidores, o diretor financeiro Jeremy Barnum destacou que a receita líquida de juros (NII) pode crescer em US$ 1 bilhão, embora o banco mantenha sua projeção anual em US$ 94,5 bilhões. Barnum alertou que a combinação de inflação e déficits fiscais pode limitar as opções de política econômica, aumentando os riscos para o cenário futuro.
A instituição também revisou suas expectativas para a taxa de inadimplência de cartões de crédito, projetando que ela pode chegar a 3,9% em 2026, acima dos 3,6% estimados para 2025. Marianne Lake, executiva do banco, afirmou que consumidores e pequenas empresas permanecem financeiramente saudáveis, mas destacou a queda na confiança desses grupos. Além disso, o JP Morgan sinalizou abertura a aquisições, embora com cautela, e reforçou o papel da inteligência artificial na redução de custos, prevendo uma diminuição de 10% no quadro de funcionários nos próximos cinco anos.
O banco, liderado por Jamie Dimon há quase duas décadas, continua a se destacar por sua solidez financeira, com analistas apontando flexibilidade para ações defensivas e ofensivas. A instituição também tem investido em tecnologia para aumentar a eficiência operacional, seguindo uma tendência do setor. Enquanto isso, o cronograma de sucessão do comando do JP Morgan segue em discussão, com Dimon sugerindo que a transição deve ocorrer nos próximos cinco anos.