O jornal americano *Chicago Sun-Times* foi alvo de críticas após publicar uma lista de livros inexistentes e matérias com fontes inventadas, todas geradas por inteligência artificial. O conteúdo fazia parte de uma seção especial de 64 páginas sobre dicas de verão, produzida por um parceiro externo sem supervisão da equipe editorial. A publicação retirou o material digital do ar e isentou assinantes da versão impressa do custo da edição.
Entre os livros recomendados estavam títulos atribuídos a autores reais, mas que nunca existiram, como *Nightshade Market* e *Boiling Point*. O freelancer responsável pela lista admitiu ter usado IA para compilar os dados sem verificar as informações, classificando o erro como “100% culpa minha”. Outros veículos, como o *Philadelphia Inquirer*, também enfrentaram problemas semelhantes com conteúdo fornecido pela mesma empresa terceirizada.
A empresa responsável pela produção do material encerrou o contrato com o freelancer por violação de políticas editoriais. A CEO do *Chicago Sun-Times* classificou o incidente como “inaceitável” e prometeu maior transparência, além de reavaliar a parceria com o fornecedor externo. O caso reacendeu o debate sobre o uso de IA no jornalismo e a necessidade de revisão rigorosa de conteúdo.