A JBS obteve aprovação dos acionistas para sua reestruturação societária, que permitirá a listagem simultânea das ações da empresa na B3 (Brasil) e na Bolsa de Nova York (Nyse). A operação inclui a criação de uma holding sediada na Holanda, a JBS N.V., que assumirá o controle indireto da companhia. A expectativa é que as ações estreiem na Nyse em 12 de junho, enquanto os BDRs (recibos de ações) comecem a ser negociados na B3 em 9 de junho. Os irmãos Batista celebraram a decisão, destacando que a medida atrairá mais investidores e recursos para a empresa.
Apesar do avanço, a listagem ocorre em meio a questionamentos políticos e ambientais. Senadores e organizações como o Greenpeace expressaram preocupações, enquanto consultorias de governança recomendaram que acionistas rejeitassem a proposta, citando problemas na estrutura. Um fundo minoritário, no entanto, defendeu a reestruturação, alegando que ela pode criar valor bilionário para os investidores, com base em múltiplos de empresas similares listadas nos EUA.
O CEO global da JBS afirmou que a listagem dupla marca um novo capítulo para a empresa, aumentando sua visibilidade internacional e fortalecendo sua posição como líder global no setor de alimentos. A decisão ocorre após adiamentos e sob pressão de críticas, mas a companhia segue confiante no potencial de crescimento com a abertura ao mercado norte-americano.