Anunciado na última segunda-feira como novo técnico da seleção brasileira, o italiano Carlo Ancelotti assumirá o cargo a pouco mais de 12 meses da Copa do Mundo de 2026, sediada por Estados Unidos, Canadá e México. Sua estreia será em junho, com jogos contra Equador e Paraguai pelas Eliminatórias. Com apenas 10 partidas disponíveis antes do torneio, Ancelotti terá um desafio semelhante ao de outros treinadores que lideraram o Brasil em ciclos curtos antes de Copas do Mundo.
A história da seleção brasileira mostra que mudanças de comando próximas ao torneio não são incomuns e, em alguns casos, resultaram em títulos. Em 1958, Vicente Feola assumiu pouco mais de um mês antes da competição e levou o Brasil ao primeiro título mundial. Situações semelhantes ocorreram em 1962, com Aymoré Moreira, e em 1970, quando Zagallo assumiu dois meses antes e conduziu o time ao tricampeonato. Em 2002, Luiz Felipe Scolari também começou seu trabalho um ano antes e conquistou o pentacampeonato.
No entanto, os únicos técnicos que completaram ciclos completos desde 1958 foram Zagallo (1974 e 1998), Carlos Alberto Parreira (2006), Dunga (2010) e Tite (2022). Nessas edições, o Brasil não levantou a taça, com o vice-campeonato em 1998 sendo o melhor resultado. A escolha de Ancelotti, portanto, revive uma tradição de apostas em ciclos curtos, mas com a expectativa de repetir os sucessos do passado.