Israel anunciou neste domingo, 18, que permitirá a entrada de uma quantidade limitada de ajuda humanitária em Gaza, após quase três meses de bloqueio total. A decisão ocorre dias após alertas de especialistas globais sobre o risco de fome na região. O primeiro-ministro israelense afirmou que a crise alimentar poderia comprometer as operações militares em curso, mas não foram divulgados detalhes sobre quando ou como a assistência será distribuída. Autoridades israelenses também destacaram esforços para evitar que os suprimentos beneficiem grupos armados.
Enquanto isso, os ataques na Faixa de Gaza continuaram, com pelo menos 103 mortes registradas entre a noite de sábado e a manhã de domingo, segundo autoridades de saúde locais. O principal hospital do norte da região foi fechado devido aos bombardeios. Na cidade de Khan Younis, ao menos 48 pessoas morreram em ataques aéreos, incluindo 18 crianças e 13 mulheres, conforme relatado pelo Hospital Nasser. Muitas das vítimas estavam em residências ou abrigos improvisados para deslocados.
O bloqueio havia sido imposto em março, cortando o fornecimento de alimentos, remédios e outros suprimentos essenciais, como parte de uma estratégia para pressionar o Hamas a aceitar um cessar-fogo. A guerra foi retomada após o fracasso das negociações, interrompendo uma trégua de dois meses. A comunidade internacional tem pressionado por maior acesso humanitário, mas as condições em Gaza seguem críticas.