Israel autorizou a entrada de aproximadamente 100 caminhões de ajuda humanitária na Faixa de Gaza nesta terça-feira (20), após pressão de países europeus e organizações internacionais. Apesar do avanço, a ONU alerta que o volume ainda é insuficiente, comparando-o a “uma gota em um oceano”, e destacou a necessidade de pelo menos 500 caminhões diários para atender à população de 2,3 milhões de pessoas. Enquanto isso, relatos indicam que a desnutrição está em ascensão, com temores de que a situação possa sair do controle se a escassez persistir.
A medida ocorre em meio a uma ofensiva militar israelense no território palestino, que resultou em dezenas de mortes apenas nesta terça-feira, segundo fontes locais. Líderes da França, Canadá e Reino Unido emitiram uma declaração conjunta condenando as ações israelenses e ameaçando adotar “medidas concretas” caso a ofensiva não seja interrompida. Eles também reforçaram a necessidade de ampliar o acesso à ajuda humanitária e expressaram apoio a uma solução de dois Estados para o conflito.
A crise humanitária em Gaza se agravou desde o bloqueio imposto por Israel, que restringiu severamente a entrada de suprimentos por mais de 11 semanas. Embora a retomada da ajuda seja um passo positivo, organizações internacionais destacam que o ritmo atual ainda está longe de atender às necessidades básicas da população, enquanto a violência no território continua a escalar.