Autoridades israelenses confirmaram que os planos aprovados pelo gabinete do país nesta segunda-feira (5) preveem a captura de toda a Faixa de Gaza e a permanência por tempo indeterminado em território palestino. A execução deve ocorrer após a visita de um líder internacional ao Oriente Médio, segundo fontes anônimas. O objetivo declarado é derrotar o Hamas e libertar reféns, mas a medida inclui o deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos para o sul de Gaza, agravando a crise humanitária já crítica na região.
Desde o fim do cessar-fogo em março, Israel intensificou os ataques em Gaza, assumindo controle de cerca de 50% do território e suspendendo a ajuda humanitária, incluindo alimentos, combustível e água. A situação tem sido classificada como a pior crise em quase 19 meses de guerra. O novo plano, discutido com aliados internacionais, inclui a realocação da população sob o argumento de “emigração voluntária”, proposta que gerou condenação global e alertas sobre possíveis violações do direito internacional.
A implementação do plano depende de negociações diplomáticas, com a possibilidade de um novo cessar-fogo temporário. Enquanto isso, o país mobiliza dezenas de milhares de soldados da reserva, sinalizando uma escalada militar iminente. A comunidade internacional acompanha com preocupação, diante dos riscos de maior instabilidade e sofrimento civil.