Autoridades israelenses confirmaram nesta segunda-feira (5) a aprovação de um plano para capturar toda a Faixa de Gaza e manter presença no território por tempo indeterminado. A operação, que deve começar após a visita de um líder internacional ao Oriente Médio, inclui a expansão das ações militares, apesar da forte oposição global. O objetivo declarado é derrotar o Hamas e libertar reféns, mas o plano também prevê o deslocamento de centenas de milhares de palestinos para o sul de Gaza, o que pode agravar a crise humanitária na região.
O governo israelense já controla cerca de 50% do território após intensos ataques recentes, que resultaram em centenas de mortes. Desde o fim do cessar-fogo em março, a suspensão de ajuda humanitária—incluindo alimentos, combustível e água—aprofundou ainda mais a situação crítica. Autoridades afirmam que o novo plano só será implementado após a visita do líder internacional, sugerindo a possibilidade de uma pausa nos conflitos até lá.
Enquanto isso, Israel discute com outros países a proposta de realocar a população de Gaza, descrita como “emigração voluntária”. A ideia, no entanto, tem sido amplamente criticada por aliados europeus e organizações de direitos humanos, que alertam para possíveis violações do direito internacional. A situação continua a gerar preocupação global diante do agravamento da crise humanitária e dos desdobramentos militares.