O gabinete de segurança israelense aprovou um plano para intensificar a ofensiva em Gaza, com o objetivo de assumir o controle total do enclave e manter uma presença militar indefinida. Segundo fontes citadas pela emissora pública Kan, a estratégia será gradual, podendo levar meses, com as forças concentrando-se inicialmente em áreas específicas antes de expandir sua ocupação. O ministro Zeev Elkin mencionou que ainda há espaço para negociações de cessar-fogo e libertação de reféns antes da visita do presidente dos EUA à região, mas destacou que Israel não mais abandonará territórios conquistados, pressionando o Hamas a se desarmar ou ser derrotado.
O Hamas rejeitou a proposta, enquanto Israel enfrenta críticas internacionais pela falta de um plano claro para o pós-guerra e pelo bloqueio humanitário que agrava a crise em Gaza, onde 2,3 milhões de pessoas dependem de ajuda escassa. Autoridades israelenses afirmam que o novo plano incluirá o deslocamento de civis para o sul do território e medidas para impedir que suprimentos caiam nas mãos do grupo militante. No entanto, a ONU e organizações humanitárias criticaram a proposta, acusando Israel de tentar militarizar a distribuição de ajuda.
Jan Egeland, do Conselho Norueguês de Refugiados, denunciou que Israel exige o fechamento do sistema de distribuição de ajuda existente, substituindo-o por centros controlados por militares. A ONU e ONGs se recusaram a cooperar com o novo esquema, defendendo princípios humanitários. Enquanto isso, a tensão regional persiste, com ameaças de retaliação do Irã após um ataque atribuído a grupos apoiados por Teerã, aumentando o risco de escalada no conflito.