O governo de Israel anunciou a criação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia, marcando o maior avanço na região em três décadas. A decisão foi celebrada por setores ideológicos do governo israelense, que a consideram um passo para consolidar sua presença no território, enquanto a Autoridade Palestina a classificou como uma escalada perigosa do conflito. Ministros israelenses justificaram a medida alegando direitos históricos e a necessidade de prevenir a formação de um estado palestino, utilizando a designação “Judeia-Samaria” para a área ocupada desde 1967.
A ONG israelense Paz Agora destacou que esta é a maior expansão desde os Acordos de Oslo em 1993, que buscavam mediar a paz entre as partes. A Autoridade Palestina, por outro lado, condenou a ação como uma violação de acordos internacionais e um obstáculo à resolução do conflito. A decisão ocorre em um contexto de crescente tensão, incluindo a situação em Gaza e a possibilidade de sanções internacionais contra Israel, que poderiam afetar sua economia.
Atualmente, cerca de 700 mil judeus israelenses vivem na Cisjordânia, dividindo o território com aproximadamente 3 milhões de palestinos. A ONU, que historicamente defendeu a criação de um estado palestino na região, vê a medida como um desafio à paz. A comunidade internacional monitora o desdobramento da situação, que pode agravar ainda mais um cenário já instável.
(Reportagem com informações adicionais para contexto e clareza.)