O Ministério Público de Santa Catarina solicitou ao Conselho Regional de Medicina (CRM) uma avaliação sobre a morte de um recém-nascido durante o parto no Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. A família alega negligência, afirmando que a gestante passou mais de uma hora em trabalho de parto sem acompanhamento médico, sendo assistida apenas por enfermeiras. O médico responsável foi afastado preventivamente, e uma sindicância interna foi aberta para apurar possíveis irregularidades.
A prefeitura local destacou que partos de baixo risco podem ser conduzidos por enfermeiras obstétricas, conforme protocolos do Ministério da Saúde, mas ressaltou que o médico estava disponível no plantão. No entanto, os pais contestam essa versão, alegando que a indução do parto tornou o caso de alto risco, exigindo supervisão médica imediata. O CRM-SC reforça a necessidade de uma equipe multidisciplinar, incluindo ginecologistas e pediatras, em salas de parto para reduzir riscos.
A Polícia Civil investiga o caso, enquanto a Comissão de Óbito analisa as circunstâncias da morte. A prefeitura prometeu transparência e ofereceu suporte psicológico à família. O hospital segue sob escrutínio, com autoridades aguardando conclusões técnicas para determinar se houve falhas no atendimento.