Uma investigação policial em São Paulo expôs uma rede criminosa envolvida no roubo, receptação e comercialização de joias, principalmente alianças. Dados mostram que, no primeiro trimestre de 2025, houve um aumento de 68% nos roubos desses itens no estado em comparação com o mesmo período do ano anterior. As joias furtadas alimentam um esquema de lavagem de dinheiro, com o ouro sendo derretido e revendido em joalherias suspeitas, algumas das quais tiveram seus CNPJs cancelados.
O esquema é facilitado pela valorização do ouro no mercado internacional, cujo preço por grama subiu de R$ 100 para mais de R$ 600 nos últimos dez anos. A falta de fiscalização e a facilidade de fundir o metal agravam o problema, segundo especialistas. Um pesquisador da USP sugere a regulamentação do mercado com rastreabilidade e controle científico para combater o crime.
A polícia recuperou 16 alianças e apreendeu R$ 2,7 milhões em joias durante a operação. As defesas dos envolvidos negam as acusações, afirmando que as investigações são preliminares. O caso revela os desafios no combate ao crime organizado ligado ao comércio de metais preciosos.