Um relatório da Polícia Federal expõe a relação próxima entre um líder de facção criminosa e integrantes da Polícia Militar do Rio de Janeiro. As investigações, parte da Operação Dakovo, mostram negociações sobre valores de propina e até mesmo pedidos de ajuda para recuperar veículos roubados. Mensagens trocadas em 2022 revelam que policiais chegaram a reclamar do valor pago, ameaçando retomar operações na comunidade, o que gerou tensão com o criminoso.
O documento também aponta que o faccionado tinha acesso a informações internas da PM, incluindo boletins com dados sigilosos de policiais. Em um caso, um veículo roubado foi devolvido após um pedido feito por um oficial, sugerindo cooperação entre as partes. As conversas analisadas pela PF ocorreram entre 2022 e 2023, evidenciando a extensão da influência do criminoso.
O investigado, que está foragido desde 2018, era responsável pela aquisição de armas para a facção em países vizinhos, como Paraguai, Bolívia e Colômbia. A PF monitorou suas comunicações com traficantes de armas e policiais, destacando a complexidade das relações entre o crime organizado e agentes públicos. O caso continua sob investigação, com detalhes sendo divulgados gradualmente.