A criança de 4 anos foi internada com graves ferimentos, incluindo perfuração intestinal, fratura no braço e sepse abdominal, após supostamente sofrer agressões sistemáticas. O padrasto da vítima foi preso e é investigado por tortura, enquanto a polícia apura se a mãe participou dos maus-tratos ou se omitiu por medo ou negligência. Mensagens trocadas entre o casal revelam indícios de crueldade, incluindo relatos de que a criança foi forçada a ingerir fezes e trancada em banheiros escuros.
A mãe negou qualquer envolvimento nas agressões durante depoimento na delegacia, mas mensagens em seu celular mostram que ela confrontou o companheiro sobre possíveis violências. Em uma das conversas, ele afirmou que a menina estava sendo “moldada na dor”, justificando os supostos abus. A polícia destacou que o caso vai além da violência doméstica, caracterizando-se como tortura prolongada e dissimulada.
A vítima permanece internada em estado grave, entubada em um hospital da UFRJ. O padrasto, que já tinha passagens pela polícia por violência doméstica e importunação sexual, foi preso e deve responder pelos crimes. A mãe não foi detida, pois, segundo as autoridades, não representa risco à investigação. O caso continua sob apuração para determinar o nível de participação ou omissão da família.