Uma investigação do The New York Times expôs uma operação de longa data em que agentes se infiltraram no Brasil para obter documentos legítimos com identidades falsas, permitindo-lhes atuar em outros países. Esses indivíduos criaram histórias detalhadas, abriram empresas e estabeleceram vínculos sociais para consolidar suas novas identidades. Aproveitando-se de fragilidades no sistema, conseguiram passaportes brasileiros, facilitando acesso a nações estratégicas para atividades não declaradas.
Entre os casos identificados, um deles chegou a estudar em uma universidade americana, aproximando-se de instituições de segurança dos EUA, enquanto outro atuou como pesquisador no Ártico, focando em políticas regionais sensíveis. As autoridades brasileiras, em colaboração com agências internacionais, descobriram que os documentos usados eram autênticos, mas baseados em identidades fictícias, incluindo certidões de nascimento de pessoas que nunca existiram.
A operação envolveu pelo menos nove agentes, muitos dos quais já foram neutralizados após terem suas identidades reais expostas. Com os nomes sinalizados em bancos de dados globais, dificilmente poderão retomar atividades sob novas identidades. O caso revela desafios na fiscalização de documentos e destaca a cooperação internacional para combater operações clandestinas.