Uma investigação sobre fraudes no INSS expôs que grupos vulneráveis, como idosos, moradores de zonas rurais, pessoas com deficiência e analfabetos, foram alvos de descontos indevidos em suas aposentadorias. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), citada pela Polícia Federal, os valores desviados podem chegar a R$ 6,3 bilhões, com pelo menos 14 aposentados identificados como vítimas. Muitos deles não tinham condições de usufruir dos benefícios das associações envolvidas, destacando a dificuldade de acesso a informações e serviços básicos.
Text: A Conafer, entidade responsável por gerenciar os descontos, declarou colaborar com as apurações. Durante entrevistas da CGU, 1.172 aposentados afirmaram não ter autorizado os descontos, e novos registros fraudulentos foram detectados mesmo após pedidos de cancelamento. A investigação apontou falhas na proteção oferecida pelo INSS a esses grupos, com casos absurdos, como um aposentado de 78 anos supostamente vinculado a uma associação a 957 km de distância.
Text: O INSS suspendeu acordos com as entidades envolvidas e informou que a devolução dos valores será analisada pela Advocacia-Geral da União. O caso evidencia a necessidade de maior fiscalização e mecanismos de proteção para evitar que fraudes continuem afetando populações em situação de vulnerabilidade.