A Polícia Civil de São Paulo identificou indícios de que parte do dinheiro pago por uma empresa de apostas como patrocínio ao Corinthians foi desviado para contas ligadas a organizações criminosas. O contrato, assinado em dezembro de 2023, previa o pagamento de R$ 360 milhões em três anos, incluindo uma comissão de 7% para uma empresa intermediária. Investigadores apontam que esse valor teria passado por uma rede de empresas, algumas de fachada, antes de chegar a uma companhia suspeita de vínculos com o crime organizado.
A investigação, iniciada em maio de 2024, rastreou transferências bancárias que totalizaram R$ 1,4 milhão, repassados pelo Corinthians à empresa intermediária. Os recursos seguiram para outras empresas, incluindo uma em nome de uma empregada doméstica, até atingirem uma empresa citada em um acordo de delação premiada envolvendo o PCC. O clube afirmou ser vítima do esquema e declarou que não tem controle sobre o uso das comissões por terceiros.
Autoridades investigam possível lavagem de dinheiro e associação criminosa, com foco na intermediação do contrato. O presidente do Corinthians afirmou apoiar as investigações, enquanto a empresa de apostas ressaltou que colabora com as autoridades. As empresas envolvidas negaram irregularidades ou ligações com o crime organizado. O caso continua sob apuração, com relatórios policiais indicando desvios no maior patrocínio máster do futebol brasileiro até então.