A investigação da Polícia Civil de São Paulo apontou indícios de desvio de recursos em um contrato de patrocínio entre um clube de futebol e uma casa de apostas. Segundo o relatório, parte dos R$ 1,4 milhão pagos pelo clube teria sido direcionada a empresas de fachada, com valores chegando a uma organização suspeita de ligação com o crime organizado. O caso teve origem em uma delação premiada e envolve suspeitas de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O clube em questão afirmou, em nota, que é vítima das circunstâncias e que cumpriu todas as obrigações legais. O contrato de patrocínio, que previa repasses de R$ 360 milhões em três anos, foi rescindido após as revelações. A investigação ainda aponta que a intermediação do acordo teria sido simulada para facilitar o repasse indevido de valores, sem que serviços reais fossem prestados.
A organização suspeita de receber os recursos negou qualquer envolvimento com atividades ilegais e afirmou estar colaborando com as autoridades. Enquanto isso, o processo segue em andamento, com possíveis desdobramentos jurídicos e administrativos. O caso chama atenção para a necessidade de maior transparência em contratos esportivos e reforça a importância de investigações aprofundadas nesse tipo de operação.