A menina de 11 anos, Izabelly Carvalho Brezzolin, faleceu no dia 8 de maio no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), vítima de complicações sépticas decorrentes de pneumonia, segundo laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP). O documento descartou sinais de violência física ou sexual, contradizendo relatos iniciais da Polícia Civil, que prendeu os pais da criança por suspeita de estupro de vulnerável e maus-tratos. A Santa Casa de São Gabriel, onde a menina foi atendida inicialmente, afirmou que os exames realizados não indicaram fraturas ou indícios de agressão sexual.
A investigação policial, no entanto, mantém a versão de que a vítima chegou ao hospital com lesões graves, incluindo fraturas de costelas e hematomas na região genital. A mãe teria relatado ter flagrado o companheiro em supostos atos inadequados com a filha, o que levou à prisão do casal. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul confirmou que os pais permanecem presos, enquanto a Polícia Civil defende a materialidade do crime de maus-tratos, qualificado pela morte, e a possibilidade de atos libidinosos sem penetração.
As instituições de saúde envolvidas reiteraram o sigilo das informações médicas, repassando dados apenas aos órgãos responsáveis pela apuração do caso. A divergência entre os laudos periciais e as alegações policiais ainda precisa ser esclarecida, deixando em aberto as circunstâncias que levaram à morte da criança. O caso segue sob investigação, com expectativa de novos desdobramentos.