A menina de 11 anos morreu no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) após ser transferida de São Gabriel, no Rio Grande do Sul, com graves ferimentos, incluindo fraturas e lesões genitais. Os pais foram presos sob suspeita de maus-tratos e estupro de vulnerável, baseado em relatos iniciais da mãe e documentos médicos que indicavam violência. No entanto, o laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) apontou que a causa da morte foi complicações sépticas de pneumonia, sem evidências de trauma ou violência sexual, contradizendo as alegações iniciais.
A Polícia Civil defendeu a prisão dos pais, argumentando que houve privação de cuidados médicos e possíveis atos libidinosos, enquanto a Santa Casa de São Gabriel afirmou que os exames iniciais não detectaram fraturas ou sinais de abuso sexual. O caso gerou divergências entre as instituições envolvidas, com a defesa dos pais solicitando liberdade provisória e questionando as conclusões do inquérito. O Ministério Público agora decide se formaliza a denúncia contra o casal.
Notas oficiais das instituições de saúde reforçaram o sigilo médico e o cumprimento dos protocolos de atendimento, destacando que todas as informações foram repassadas aos órgãos competentes. O caso continua sob investigação, com autoridades buscando esclarecer as circunstâncias da morte da criança, enquanto a sociedade aguarda respostas sobre possíveis falhas ou violações de direitos. A complexidade do cenário levanta debates sobre a atuação policial, a perícia médica e a proteção de menores em situações de vulnerabilidade.