A Polícia Civil de Minas Gerais encerrou o inquérito sobre um caso de estelionato que causou prejuízos estimados em R$ 15 milhões a mais de 50 clientes de uma loja de móveis planejados em Uberaba. O casal proprietário do estabelecimento e outras três pessoas foram indiciadas por crimes como fraude, lavagem de dinheiro e auxílio à fuga. As vítimas, incluindo idosos, ficaram sem os produtos adquiridos após o fechamento repentino da loja em fevereiro de 2025. O relatório da investigação, que incluiu análises financeiras e contábeis, foi encaminhado ao Ministério Público para as próximas etapas processuais.
Os empresários responderão ao processo em liberdade, enquanto a defesa argumenta que o caso envolve questões cíveis e financeiras, não criminais. A Justiça autorizou a entrega dos móveis já prontos aos clientes, mas muitos ainda aguardam solução. Entre os indiciados, há um suposto “sócio fantasma” e duas pessoas acusadas de ajudar na logística da fuga. O casal foi preso preventivamente em Goiânia, mas a defesa mantém a posição de que buscará comprovar a legalidade das ações.
O caso chamou atenção pelo impacto financeiro e pela forma como os clientes foram deixados sem respostas. A investigação destacou a complexidade das operações, incluindo suspeitas de lavagem de dinheiro e fraudes sucessivas. Enquanto o processo segue, os afetados aguardam medidas que possam compensar os prejuízos. A defesa da empresa afirmou que trabalha para reestruturar juridicamente o negócio, que tem décadas de atuação no mercado.