As investigações contra uma empresa de investimentos suspeita de aplicar um golpe de R$ 40 milhões em 227 vítimas estão paradas há um ano e meio, aguardando um relatório da Polícia Civil. O Ministério Público precisa do documento para decidir se denuncia os responsáveis, mas a falta de informações sobre o paradeiro do dinheiro dificulta o avanço do caso. O inquérito já indiciou cinco pessoas por associação criminosa e estelionato, mas o principal suspeito continua foragido.
As vítimas, muitas delas de Ribeirão Preto (SP), relataram perdas significativas, incluindo economias destinadas à aposentadoria. Algumas conseguiram resgatar parte dos rendimentos no início, mas depois tiveram prejuízos que chegaram a milhões de reais. Os impactos foram além do financeiro, afetando a saúde e os planos de vida dos envolvidos, como um casal que perdeu R$ 1,2 milhão e um eletricista que desenvolveu depressão após o golpe.
O promotor responsável destacou a complexidade do caso, que envolve análise de dados bancários e do Banco Central para entender se o dinheiro foi de fato investido ou se era parte de um esquema fraudulento. Advogados das vítimas afirmam que a falta do relatório impede a busca por soluções, mas esperam que, uma vez concluído, ele ajude a recuperar pelo menos parte dos valores perdidos. Enquanto isso, as investigações seguem sem prazo para conclusão.