A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que o acidente envolvendo um ônibus da Real Expresso, ocorrido na MG-223 em Araguari, foi causado pelo excesso de velocidade e falhas na condução do veículo. O motorista, que dirigia 50% acima do limite permitido, foi indiciado por 12 homicídios qualificados e 46 tentativas, após as investigações apontarem que ele assumiu o risco de causar o acidente ao tentar compensar o atraso da viagem. O ônibus tombou em uma curva acentuada, arremessando passageiros sem cinto de segurança, o que agravou as consequências do desastre.
Doze pessoas morreram no acidente, incluindo duas crianças, e 46 ficaram feridas, algumas em estado grave. Testemunhas relataram que o motorista demonstrava pressa, e dados de telemetria confirmaram a velocidade excessiva durante grande parte do trajeto. A perícia também destacou a ausência de cintos de segurança como fator determinante para o alto número de vítimas, já que muitos passageiros foram esmagados pelo veículo após serem arremessados para fora.
A empresa responsável pelo ônibus afirmou que o veículo estava com toda a documentação regularizada, mas a lista de passageiros apresentada continha inconsistências. O caso foi encaminhado ao Ministério Público Federal para avaliar possíveis responsabilidades da companhia. Enquanto isso, as vítimas e familiares aguardam medidas judiciais, enquanto a rodovia MG-223, conhecida por outros acidentes graves, volta ao centro do debate sobre segurança viária.