Um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), investigado pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, desviou bilhões de reais de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. As investigações apontam que associações e entidades realizavam cadastros não autorizados, com assinaturas falsas, para descontar valores dos benefícios. O governo federal suspendeu todos os acordos do INSS com essas entidades, e o novo presidente da autarquia prometeu apresentar um plano de ressarcimento até a próxima semana.
Relatos de vítimas mostram que descontos indevidos ocorrem há anos, muitos antes do esquema recentemente descoberto. Aposentados afirmam que valores eram retirados de seus contracheques sob rubricas como “consignação” ou “contribuição associativa”, mesmo sem autorização. Alguns conseguiram cancelar as cobranças apenas após insistência, enquanto outros ainda buscam reparação pelos prejuízos, que podem chegar a milhares de reais por pessoa.
As apurações avançam para novas linhas, incluindo possíveis fraudes em empréstimos consignados não autorizados. Em 2023, houve 35 mil reclamações de operações irregulares. O INSS orienta os beneficiários a verificar seus extratos e solicitar a exclusão de cobranças indevidas por meio do aplicativo Meu INSS ou da central 135. Denúncias também podem ser registradas no Portal Consumidor.Gov e na Ouvidoria do INSS.