A assembleia de investidores da Casas Bahia, realizada na quarta-feira, confirmou o apoio aos executivos da rede de varejo, após a proposta de Michael Klein, da família fundadora, de reassumir a presidência do conselho de administração. No entanto, os investidores rejeitaram um plano que previa aumentos de 30% a 40% nos pagamentos aos principais executivos em 2024. A reunião também aprovou as contas do ano passado, que mostraram uma redução de 60% no prejuízo líquido, chegando a cerca de R$ 1 bilhão.
A proposta de aumento salarial incluía reajustes para membros do conselho e da diretoria executiva, com incentivos vinculados a metas de desempenho. O valor total proposto para os administradores em 2024 era de até R$ 69,8 milhões, sendo R$ 58,7 milhões destinados à diretoria estatutária. No entanto, os investidores optaram por manter os valores atuais, alinhados ao plano de reestruturação da empresa, que busca reduzir custos e focar nos negócios principais, como crediário e vendas de eletrodomésticos.
As ações da Casas Bahia encerraram o dia em alta de 1,3%, após volatilidade durante a sessão. A assembleia reforçou a confiança na gestão atual, encerrando temporariamente as discussões sobre mudanças na liderança. A empresa não comentou o resultado, enquanto a assessoria de Klein destacou que o empresário continua comprometido com a recuperação do grupo no varejo brasileiro.