O Ibovespa passou por uma correção após atingir o recorde histórico de 140 mil pontos, rompendo uma barreira psicológica que costuma gerar movimentos mais enfáticos no mercado. Analistas ouvidos pelo InfoMoney já esperavam essa volatilidade, mas projetam estabilidade próxima a esse patamar, impulsionada pela maior clareza sobre a Selic terminal. Apesar de ainda haver dúvidas sobre um possível aumento de 0,25 ponto percentual, o consenso de que a taxa não ultrapassará 15% já alimentou o otimismo nas ações.
Especialistas recomendam ajustes nas carteiras de investimento, não pelas altas recentes, mas pela mudança de cenário, com melhora no ambiente doméstico e internacional. Setores cíclicos, como varejo, educação e construção civil, voltam a ser favoritos, já que tendem a se beneficiar de projeções de juros mais baixos. No entanto, empresas com alta alavancagem ainda são desaconselhadas, pois continuarão penalizadas pelo custo de capital elevado.
Para investidores de médio e longo prazo, as ações brasileiras ainda são consideradas atraentes, com projeções de alta, como os 150 mil pontos estimados pela Eleven Financial em 2025. Embora o momento não seja ideal para ganhos rápidos, a robustez da economia doméstica e a potencial entrada de capital estrangeiro sustentam oportunidades. Exportadoras e empresas de mineração e óleo e gás também aparecem como opções interessantes, combinando fundamentos sólidos e geração de caixa.