Com a chegada do inverno, o Rio Grande do Sul enfrenta o aumento de doenças respiratórias e a superlotação em hospitais, especialmente em Porto Alegre. A prefeitura lançou a Operação Inverno, com a abertura de cem leitos extras e contratações emergenciais, enquanto o governo estadual liberou a vacinação contra a gripe para toda a população acima de seis meses. A capital gaúcha, que já opera com emergências em até 300% de capacidade, tornou-se referência para pacientes de outras cidades, agravando a crise no sistema de saúde.
O problema é amplificado pela falta de regionalização efetiva da saúde, com investimentos insuficientes em regiões que existem apenas no papel. Enquanto isso, municípios como Canoas ainda sofrem com a falta de leitos após o fechamento de hospitais durante as enchentes de 2024. Autoridades destacam a necessidade de soluções estruturais a médio e longo prazo, mas reforçam a importância da vacinação como medida imediata para reduzir internações.
A prefeitura de Porto Alegre prepara um decreto de emergência em saúde pública para agilizar contratações e compras, enquanto tenta recuperar recursos de planos de saúde por atendimentos realizados no SUS. A secretária estadual de Saúde reforçou o apelo para que grupos prioritários, como idosos, crianças e gestantes, busquem a imunização. A situação expõe desafios crônicos do sistema, que demandam políticas mais eficientes e investimentos regionais para evitar colapsos futuros.