As chuvas torrenciais que atingiram a Nigéria nesta semana causaram inundações repentinas na cidade de Mokwa, no centro do país, resultando em mais de 150 mortes e deixando cerca de 3.000 pessoas desabrigadas. De acordo com autoridades locais, 265 casas e duas pontes foram completamente destruídas, enquanto corpos foram arrastados pelo rio Níger, dificultando a contagem final de vítimas. Equipes de resgate continuam os trabalhos, mas enfrentam desafios devido aos danos generalizados e ao alto número de desaparecidos, incluindo mais de 50 crianças de uma escola islâmica.
O presidente nigeriano, Bola Tinubu, anunciou a mobilização das forças de segurança e o envio de suprimentos emergenciais para auxiliar os afetados. Em Mokwa, localizada a mais de 350 km da capital Abuja, edifícios desabaram e estradas ficaram intransitáveis, isolando comunidades. A Cruz Vermelha, o exército e voluntários atuam no resgate, enquanto hospitais recebem feridos, com pelo menos 78 pessoas hospitalizadas até o momento.
A Agência Meteorológica da Nigéria já havia alertado sobre o risco de enchentes em 15 estados, destacando a gravidade da temporada de chuvas em 2024. Segundo dados oficiais, este ano já registrou mais de 1.200 mortes e 1,2 milhão de deslocados devido a inundações, as piores em décadas. As autoridades reforçam a necessidade de medidas preventivas diante da crescente frequência de eventos climáticos extremos no país.