A retomada dos conflitos entre Israel e o Hamas em Gaza resultou em mais de 300 mortos nos últimos três dias, marcando a fase mais violenta desde o fim da trégua em março. Autoridades médicas locais relatam dezenas de crianças entre as vítimas, enquanto bombardeios intensos deixam centenas de desabrigados e desaparecidos sob escombros. As Forças Armadas israelenses afirmam que a ofensiva continuará até que o grupo seja neutralizado e os reféns sejam libertados, enquanto o Hamas retomou negociações indiretas no Catar, discutindo um possível cessar-fogo de dois meses.
Líderes árabes se reuniram em Bagdá para exigir o fim imediato da guerra e a adoção de uma solução de dois estados, com coexistência pacífica entre palestinos e israelenses. Enquanto isso, a ONU denunciou a punição coletiva contra a população de Gaza, acusando Israel de bloquear ajuda humanitária e utilizar a fome como arma de guerra. O secretário-geral da organização, António Guterres, afirmou que nada justifica tais medidas, destacando a gravidade da crise humanitária na região, que já dura mais de 70 dias.
Israel nega as acusações de genocídio ou limpeza étnica, insistindo que seus ataques visam apenas alvos militares. Enquanto as negociações avançam lentamente, a população civil enfrenta condições devastadoras, com relatos de famílias inteiras deslocadas e infraestrutura destruída. A comunidade internacional pressiona por uma resolução diplomática, mas a escalada da violência ameaça prolongar ainda mais o sofrimento em Gaza.