Apesar de apenas 21% das empresas brasileiras adotarem a inteligência artificial (IA) em suas rotinas, segundo pesquisa da Qive e Endeavor, o uso da tecnologia em áreas como gestão tributária tem avançado significativamente. No Brasil, onde o sistema fiscal é complexo e sujeito a constantes mudanças, a IA tem se mostrado uma solução eficiente. Escritórios contábeis que utilizam análise preditiva, por exemplo, registraram aumento de 20% na receita em comparação aos métodos tradicionais, conforme relatórios da Deloitte. Além disso, a automação de tarefas repetitivas pode reduzir em até 40% o tempo gasto, liberando recursos para atividades estratégicas, como aponta a McKinsey.
A IA também se destaca na identificação de oportunidades de recuperação de créditos tributários, como ICMS, PIS e Cofins, ao analisar grandes volumes de dados e automatizar processos de restituição. Com a iminente Reforma Tributária, que propõe a unificação de tributos em um IVA, as empresas precisarão revisar suas estratégias fiscais com agilidade. A tecnologia surge como uma ferramenta crucial para simular cenários pré e pós-reforma, garantindo conformidade e competitividade no mercado.
Mais do que nunca, a eficiência operacional e o uso racional da tecnologia são essenciais para que as empresas reduzam a dependência de benefícios fiscais e se adaptem às novas demandas. A IA, com sua capacidade de otimizar processos e antecipar riscos, tem se consolidado como uma aliada indispensável para uma gestão tributária mais eficaz e sustentável no Brasil.