A inteligência artificial (IA) está deixando de ser uma simples ferramenta de apoio para se tornar uma força autônoma capaz de substituir o trabalho humano em larga escala. Agentes de IA, sistemas que operam sem intervenção constante, estão prestes a transformar radicalmente o mercado de trabalho, realizando tarefas complexas que antes exigiam criatividade e habilidades especializadas. Setores como educação e contabilidade já demonstram essa tendência, com sistemas autônomos gerenciando matrículas, personalizando planos de estudo, realizando lançamentos contábeis e até identificando fraudes com precisão inédita.
A diferença crucial está na autonomia e no aprendizado contínuo desses agentes, que não apenas executam tarefas, mas também aprendem, adaptam-se e tomam decisões com mínima supervisão humana. Profissões como analistas financeiros, programadores, jornalistas e atendentes estão sob crescente risco de substituição, já que a IA supera a capacidade humana em eficiência e disponibilidade. A ideia de que novos empregos surgirão na mesma proporção é considerada uma ilusão perigosa, diante da velocidade dessa transformação.
Governos, empresas e trabalhadores precisam agir urgentemente para se adaptar a esse novo cenário. A requalificação profissional e a revisão de modelos educacionais e de proteção social são essenciais para mitigar os impactos dessa revolução. O debate sobre se a IA substituirá ou não o trabalho humano está ultrapassado; a questão agora é como preparar-se para as consequências inevitáveis dessa mudança, que já está em curso e redefine o futuro do trabalho.